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O benefício de ser otimista

  • Foto do escritor: Célia Chueire
    Célia Chueire
  • 25 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

Não seria demais afirmar que otimismo tem a ver com o estado mental do indivíduo, com a qualidade dos seus pensamentos, da medida da sua fé, do quanto a pessoa é grata pelas coisas, pessoas e circunstâncias. Se alguém é habituée em murmurar, reclamar, e alimentar sua mente de negativismo, não espere nem grandes coisas nem grandes feitos da parte dele. Poeticamente quando se refere ao murmúrio das águas de um riacho, conquanto isso remeta a um ambiente bucólico e aprazível, se nos detivermos no termo murmúrio, considera a interminável sequência de sons desencontrados e repetitivos do correr das águas sobra as pedras. Quando as águas murmuram, ali não se navega nem se pesca.


Grosso modo, na vida é assim também. Não se prospera perto de murmuradores, lamentadores de plantão e sempre portadores de um grande estoque de expressões negativas. Um otimista, no entanto, se não tomar cuidado, pode resvalar na presunção, supondo ele, no auge do seu entusiasmo, ser capaz de criar a realidade como se Deus fosse.


Aliás na esteira de filmes e teorias modernas é que surgiu o conceito de visualização. Mas isso é papo para outro fórum. Há grandes vantagens em ser otimista, ou seja, ser alguém que escolheu o vocabulário que edifica, ser superior às circunstâncias. O primeiro efeito é na própria saúde.


Em 2019 foi publicado o resultado de um estudo feito por Harvard e o Hospital Monte Sinai que durou 14 anos com cerca de 200 mil voluntários que mostrava o efeito do otimismo na saúde. “Entre os otimistas, o risco de sofrer um evento cardiovascular, como infarto ou derrame, foi 35% menor. Já o de morrer por qualquer causa caiu 14%.” (VEJA SAÚDE, Out 2019). Mas não é só isso, há um efeito significativo na autoestima do individuo que por sua vez, por ter boa autoestima faz melhores projeções do futuro e saudáveis análises da atualidade, mesmo em situações menos boas. Sem contar a melhora da produtividade, do desempenho profissional, estabelecimento de relacionamentos mais saudáveis, e até a capacidade de perdoar.


A pandemia do covid sequestrou as pessoas confinando-as nas suas moradias, e ainda atrofiou a saúde da mente dos relacionamentos. O resultado é que mentes menos protegidas, com ou sem vacina, tornaram-se presas mais fáceis da depressão e outros males.


O rei Salomão há 1000 anos AC disse num dos seus provérbios que “assim como homem imagina em sua alma, assim ele é”. Ou seja, não há como separar o otimismo da qualidade dos pensamentos. Estar otimista pode ser diferente de ser otimista. Enquanto um fica todo animado porque as coisas deram certo, o outro, é um jeito de ser e de viver. O que leva a crer que por detrás desse modus vivendi, talvez se creia em algo mais, maior do que ele próprio, que garante que tudo está no controle. Aquele cujo otimismo só depende dele mesmo, não raro tangencia a presunção e foge da realidade.


Nossos ambientes profissionais precisam de gente que veja luz no fim do túnel, e se ainda não viu, que consiga manter o ânimo e ainda inspirar outros. John Maxwell, no seu livro sobre Atitude disse que você pode medir a capacidade de uma pessoa pela oposição necessária para desanimá-la e que há uma enorme diferença entre uma pessoa que tem um grande problema e uma pessoa que faz com que um problema seja grande. Como já se disse: Não importa a cor do céu. Quem faz o dia bonito é você. Aliás, que seu dia seja como você o vê.

 
 
 

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